terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Despejo – Indignações, serviços e tragédias.


Mais uma vez escrevo sobre problemas... será que vou escrever de coisas boas??

Nesse momento (esse texto começou ontem 28/01/2013) não há como se falar de outra coisa senão dos fatos ocorridos no final de semana.

O Brasil inteiro vive um momento de tristeza e luto por conta da desgraça que aconteceu no Rio Grande do Sul na boate de Santa Maria.

Por muito tempo, isso comprovável por qualquer pessoa próxima à mim, e mais especificamente nos últimos anos, fico indignado com a falta de preparo da maioria dos prestadores de serviço, como se nós consumidores fossemos um bando de imbecis que temos mais é que sermos mal tratados mesmo pois na qualidade de idiotas temos que pagar e nos calar.

Mais uma vez despejo aqui toda indignação que tenho pois, mais uma vez, temos que ver que a ignorância e a cretinice dos serviços prestados geraram a segunda maior tragédia incendiária da história. Tragédia essa que ultrapassou o número de mortos de incêndios conhecidos por gerações como as dos Edifícios Andraus e Joelma que, mesmo para aqueles que não lembram ou mesmo não tinham nascido na época dessas desgraças, sabem das histórias.

Digo isso porque sempre que se pensa em serviços há que se pensar em todas as suas consequências e obrigações. Isso vai desde o atendente do bar ou do restaurante, até a limitação de pessoas por segurança, das necessárias e indispensáveis saídas de emergência, ao treinamento de cordialidade e cidadania dos seguranças e demais pessoas de Staffs.

Não há mais qualquer possibilidade de aceitarmos pacificamente que todas as esferas de serviços mantenham a péssima qualidade e ainda sejam campeãs de lucratividade no mundo.

Nenhum serviço de nenhuma empresa do mundo tem os percentuais de lucro que os serviços no Brasil e vejam que eu sou uma das pessoas mais ambiciosas e que mais tem o capitalismo como balizador, ou seja, o que quero dizer é que todos têm sim o direito de enriquecer e ter o máximo de conforto possível mas claramente isso deve estar cercado de fundamentos como ética, qualidade, honestidade, ordem, responsabilidade e outros tantos que a meu ver são tão básicos que sequer deveriam ter que ser falados.

No Brasil atual, que como dizem os malditos políticos (com raríssimas exceções – que quero crer existem mas que deixo de citar porque não conheço nenhuma), é um país que cresce e se desenvolve, esquecemos que crescimento não significa qualidade e é essa qualidade que faz crescer não só o país mas sua popolação.

Num país que realmente cresce e se moderniza, os serviço são prestados com atenção ao detalhes, com relação pessoal, de forma que mesmo as regras sejam cumpridas à risca mas com a liberdade que a equidade de tratamento trás.

Nesse tal Brasil que cresce nada funciona, desde os serviços públicos, de poder de polícia ou de atendimento da população, como saúde pública, transportes, etc. como os que, agora entram em voga por conta da tragédia, de fiscalização geral.

Assim, o que se tem é que se o Poder Público (que pra mim nem merece letra maiúsculas de tão minúsculos que são) não presta nem serviço nem presta atenção, que dirá os prestadores de serviços particulares.O poder público não tem que responder ao PROCON e por isso não está entre as listas dos que tem mais reclamações, mesmo porque seria o lobo tomando conta do galinheiro, e crescem a cada dia as reclamações dos serviços terceirizados.

Os que têm concessões de prestação de serviços e que por isso deveriam ser melhores que o governo são os campeões de reclamações, dentre eles temos as operadoras de telefonia celular e fixa (CLARO – essa com ocasiões vividas por esse que aqui despeja, VIVO, OI, TIM), de saúde (Planos de Saúde em geral – esses ainda pior haver reclamação pois, além de tudo, ainda cuidam da vida ou da morte de nossos entes), energia, entre outras que são de conhecimento de todos e que não valem nem a digitação de suas marcas aqui.

Dessa forma, apesar de todas as críticas que recebo quando demando e muitas vezes me exalto exigindo que qualquer serviço pelo qual pago seja prestado com o máximo de excelência e, reafirmo aqui, sem que seja aberta exceção em meu favor, vou continuar assim exigente pois só assim, com a busca incessante do mais excelente serviço é que poderemos evitar muitos problemas.

É claro que uma tragédia como essa de Santa Maria – RS não deveria jamais ocorrer e espero que jamais ocorra novamente, mas será que diante de um fato tão horrível alguma coisa vai ser feita para melhorar a vida no Brasil???

Quem viver verá!!

Espero que acima de tudo poder ver melhora para que minha família possa ter uma vida segura nesse país (e consequentemente todas as demais pois os reflexos das melhoras são os mesmos para todos), pois caso contrário, sabe-se lá o que fazer!?!?!?!