Já nos despejos anteriores demostrei minha total contrariedade a realização desses eventos de repercussão mundial aqui no Brasil. E isso não é só, apesar de ser principalmente, em razão da corrupção e desvios que esses eventos geram na retirada do dinheiro público para os bolsos particulares dos envolvidos, dos superfaturamentos, das falcatruas e demais faltas éticas e morais que se espalham todos os dias nos noticiários.
Além disso acho, sinceramente, que ambos os eventos serão um verdadeiro fiasco!! E não me vejam como alguém que torce contra, apesar de não ter nada a favor, espero quebrar a cara.
Mas acontece que não há nenhum indício de que teremos bons eventos. Vejam o seguinte:
Não conseguimos manter os nossos eventos internos minimamente organizados e minimamente interessantes a ponto de serem concorrido pelo nosso povo. Vejam o futebol, que antes era venerado por mim e hoje não passa de um esporte burocrático, sujo, de meias verdades e comandado, cada vez mais, por pessoas cujas intenções são absolutamente desconfiáveis e, para piorar, NÃO MUDAM!!!
Nossa infraestrutura é ridícula, nossos portos, aeroportos, estradas, metros, ônibus, trens, taxis, carros são um verdadeiro LIXO. Tolos são aqueles que continuam achando que o maldito "jeitinho brasileiro" vai dar jeito nesses problemas.
O que vai dar jeito nesses problemas é o estupro dos cofres públicos quando a corda apertar e, então, vamos mais uma vez ter operações tapa-buraco, cobre o sol com a peneira, tira poeira pra debaixo do tapete, e outras tantas operações emergenciais que durarão apenas poucos meses ou dias e custaram os olhos da cara para maquiar esses problemas que se manterão ali, firmes e fortes, assim que os eventos acabarem.
Sem falar na violência que, possivelmente, nesses períodos de eventos vai diminuir pois colocarão a polícia, o exército, a Swat os GI Joes e todos os palhaços possíveis para dar a falsa sensação de que estamos seguros mas no segundo em que esses eventos acabarem teremos tudo de volta, as cracolândias, os trombadinhas, os assassinos de centavos, os que fazem justiça com as próprias mãos e pior, junto com isso volta a impunidade que assola o país a 500 anos e que não há qualquer perspectiva de mudar.
À mim resta cumprir o desejo já explicitado inúmeras vezes e que, se tudo correr bem, se cumprirá que é no período da Copa (principalmente porque sou morador de São Paulo e o evento do Rio pouco me afetará com exceção da vergonha) sumir do país, preferencialmente para um lugar onde sequer haja transmissão dos jogos ou jornalismo do evento (Estados Unidos provavelmente) para ser o menos possível atingido.
Além disso, pretendo acender uma vela para a alma de Barão de Cobertain e outra para a de Jules Rimet pois certamente esses dois vão querer sair de seus túmulos diante dos prováveis acontecimentos desses eventos.
